Dava-se melhor com um irreal cotidiano, vivia em camera leeenta, lebre purulando no aar sobre os outeiros, o vago era o seu mundo terrestre, o vago era o de dentro da natureza. E achava bom ficar triste. Não desesperada, pois isso nunca ficara a que era tão modesta e simples mas aquela coisa indefinível como se ela fosse romantica. Claro que era neurótica, não há sequer necessidade de dizer. Era uma neurose que a sustentava: muletas...
Só então vestia-se de si mesma, passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser...
Não suporto mais a rotina de me ser!...
O mundo é fora de mim....Eu sou fora de mim....
Ela pensava que a pessoa era obrigada a ser feliz. Então era...
Clarisse Linspector (A Hora da Estrela)
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